Tecnologia
"SoulCalibur V" chega para Xbox 360 e PlayStation 3 na segunda quinzena de fevereiro
Primeiro capítulo do clássico jogo também poderá ser jogado em dispositivos da Apple
Por Guilherme Abati
O game SoulCalibur, lançado originalmente para fliperamas há muitas luas, terá uma versão para iPhone, iPod e iPad. O clássico deverá ser comercializado na App Store do iTunes a partir do próximo dia 19.
SoulCalibur é aperitivo para o lançamento do SoulCalibur V para PS3 e Xbox 360 (Kotaku)
O primeiro game da série SoulCalibur estará disponível para os seguintes dispositivos da Apple: iPhone 4, iPhone 4S, iPod touch e iPad 2. A versão para dispositivos iOS virá com todos os 20 lutadores do jogo original e é um aquecimento para o lançamento do quinto capítulo da série, SoulCalibur V é a continuação do conto épico dos guerreiros em busca das espadas gêmeas lendárias, Soul Edge e SoulCalibur, na Europa do século 17. As batalhas ocorrem 17 anos após os conflitos de SoulCalibur IV.
O novo capítulo da saga SoulCalibur chega, em versões para Xbox 360 e PlayStation 3, às lojas brasileiras na segunda quinzena de Fevereiro.
Tecnologia traduz conteúdo para novo protocolo da internet
Incompatibilidade de protocolos
O protocolo que qualquer aparelho utiliza para se conectar a Internet, o IPv4 (Internet Protocol versão 4), tem um problema: devido ao grande crescimento da web, todos os seus endereços estão prestes a se esgotar.
Segundo os especialistas, a solução está no IPv6, um protocolo que está nas fases iniciais de implementação, e do qual se espera que, eventualmente, possa substituir seu antecessor.
No entanto, há outro problema: os dois protocolos são incompatíveis.
"As máquinas que só têm IPv6 não podem se comunicar com aquelas que têm apenas o IPv4, o que é o caso da maioria daquelas que estão sendo usadas para se conectar à internet hoje, e vice-versa", explica Marcelo Bagnulo, da Universidade Carlos III, de Madri, na Espanha.
Mas ele e seu grupo afirmam ter achado uma solução para esse problema.
Tradução IPv4 x IPv6
O objetivo do grupo era o de tornar possível para as máquinas que, no futuro, se conectem à internet usando endereços IPv6, possam acessar o conteúdo anterior, que continuará no IPv4.
Para fazer isso, os cientistas criaram tradutores que permitem que os dois protocolos compreendam todos os conteúdos.
Os tradutores se baseiam em duas tecnologias, chamadas NAT64 e DNS64, padrões utilizado pelos grandes fabricantes de roteadores e pelos vendedores de serviços de DNS, que fazem a conversão entre nomes de domínio e números de IP.
"Nós projetamos e padronizamos essas ferramentas de transição, que têm sido adotadas pela indústria e que agora estão disponíveis comercialmente", afirma Marcelo Bagnulo.
"É relativamente fácil inventar um novo protocolo, mas é extremamente difícil projetar um que seja realmente adotado e utilizado, uma vez que a padronização é um passo importante para a futura utilização de uma tecnologia", gaba-se o pesquisador.
O trabalho foi aceito pela IEEE Communications e agora o mercado dirá se o pesquisador conseguiu seu intento.
Pagar pelo congestionamento
Outra proposta apresentada pelo grupo é chamada CONEX, que permite que o usuário seja cobrado pelo volume de congestionamento que ele gera na rede, e não pela quantidade de tráfego que ele usa.
É como aplicar à internet o modelo de gestão utilizado na fixação de preços de passagens aéreas, segundo eles.
Ou seja, se há um grande número de pessoas que querem enviar os dados ao mesmo tempo, elas pagam mais, e vice-versa.
"Atualmente, o que acontece é que todos os usuários pagam os mesmos preços, de forma que eles usam a internet indiscriminadamente, sem considerar o peso do pacote, o que significa que o prestador de serviços deve arbitrariamente rejeitar pacotes," explica o professor Bagnulo.
Ele se refere ao fato de que a camada que decide a rota que um dado - um pacote - deve seguir é diferente daquela que verifica o congestionamento das diversas rotas - as colisões da rede. Quando há colisões demais, o dado é perdido, e o usuário tem que tentar de novo.
Planeta com três sóis pode ser habitável
Riqueza de ambientes planetários
Se um planeta com dois sóis já impressiona, imagine então um planeta com três sóis.
Foi justamente isso que uma equipe internacional, coordenada por Guillem Anglada-Escudé, da Universidade de Gottingen, na Alemanha, acabam de descobrir.
Mas o melhor está por vir: segundo eles, o planeta está na zona habitável, ou seja, a uma distância adequada de seus três sóis para manter água líquida em sua superfície.
Logo depois de revelar que há mais planetas que estrelas na Via Láctea, e que mesmoplanetas com dois sóis são comuns, agora os astrônomos demonstram que planetas habitáveis podem na verdade se formar em uma variedade de ambientes muito maior do que se imaginava.
Planeta com três sóis
O planeta, chamado GJ 667Cc, orbita uma pequena estrela muito diferente do Sol, uma anã-branca, situada a 22 anos-luz da Terra.
Essa estrela, por sua vez, orbita um binário formado por duas estrelas, estas sim, mais parecidas com nosso Sol.
Mas deve haver noite no planeta, porque a anã-branca e seu sistema planetário - há pelo menos dois outros planetas no sistema - orbitam o binário à mesma distância que há entre o Sol e Plutão.
Já foram localizados mais de 100 planetas na zona habitável, mas a maioria é de gigantes gasosos, como Júpiter, e não planetas rochosos como a Terra.
O recém-descoberto GJ 667Cc parece ser do tipo certo, residindo bem no meio da zona habitável de sua estrela.
Contudo, a técnica usada para detectar o GJ 667Cc não é precisa o suficiente para permitir o cálculo exato de sua massa. Segundo os pesquisadores, sua massa mínima equivale a 4,5 vezes a massa da Terra, mas esse número pode chegar a 9.
Para determinar com segurança a composição de um planeta - se ele é rochoso - é necessário saber sua densidade, que por sua vez é calculada a partir da sua massa e do seu diâmetro.
Assinaturas de vida
Contando com seus três sóis, o planeta recebe 90% da luz que a Terra recebe. Entretanto, como a maior parte dessa luz está na faixa infravermelha do espectro, um percentual maior dela deve ser absorvida pelo planeta.
Juntando os dois efeitos, dizem os cientistas, o GJ 667Cc absorve mais ou menos a mesma energia de suas estrelas que a Terra absorve do Sol, o que permite temperaturas superficiais similares às da Terra e, por consequência, água em estado líquido.
Mas serão necessárias novas observações, e eventualmente o desenvolvimento de técnicas mais aprimoradas de observação, para confirmar todos esses dados.
Anglada-Escudé está entusiasmado, e fala em muito mais do que confirmar suas descobertas.
"Com o advento de uma nova geração de instrumentos, os pesquisadores serão capazes de pesquisar muitas anãs brancas classe M em busca de planetas similares e eventualmente buscar assinaturas espectroscópicas de vida em um desses mundos," vislumbra ele.
Limitação do cérebro humano evitará dilúvio de dados
Auto-limitação
Analisando o tamanho dos arquivos na internet, cientistas concluíram que o crescimento do volume de informações digitais será auto-limitado pela mente humana.
Segundo eles, não serão constrangimentos de natureza econômica, mas a capacidade do cérebro humano para processar e registrar informações que se tornará o grande fator limitante para o crescimento das informações armazenadas globalmente.
Claudius Gros e seus colegas da Universidade Goethe de Frankfurt, na Alemanha, analisaram a distribuição de arquivos públicos na internet, plotando um gráfico que relaciona o número de arquivos de vídeos, áudio e de imagem em um eixo, e o tamanho desses arquivos em outro.
Armagedon digital adiado
Até agora se considerava que, como os custos econômicos para a produção e armazenamento de dados são proporcionais à quantidade de dados produzida, esses custos deveriam ser o grande fator limitador, que poderia impedir que a geração de informações crescesse de forma exponencial.
Ou seja, que o mundo digital "acabasse" em um dilúvio de dados.
No entanto, os pesquisadores concluíram que não é bem assim ao verificar em seus gráficos que o número de arquivos criados por seres humanos não mostra uma tendência exponencial de crescimento.
Eles pegaram apenas arquivos produzidos por seres humanos, ou para uso humano - e não arquivos gerados por softwares de indexação, bases de dados etc. - usando o mecanismo de pesquisa findfiles.net.
Eles também optaram por se concentrar em arquivos hospedados em domínios apontados pela Wikipedia e pelo diretório aberto dmoz, repositórios tipicamente feitos por humanos.
Lei de Weber-Fechner
A explicação adotada pelos cientistas é que os processos neurofisiológicos influenciam a capacidade do cérebro humano para lidar com informações.
"Esta suposição obtém suporte da observação de que a distribuição do tamanho dos arquivos não possui uma componente temporal," afirmam eles.
Por exemplo, quando uma pessoa produz uma imagem e lhe atribui um valor subjetivo, a pessoa está sendo influenciada por sua percepção da qualidade dessa imagem.
A percepção que a pessoa tem da quantidade de informações obtidas quando se aumenta a resolução de uma imagem de baixa qualidade é substancialmente maior do que quando se aumenta a resolução, na mesma magnitude, de uma foto já de alta qualidade.
Essa relação é conhecida como lei de Weber-Fechner.
Os autores observaram que as distribuições de tamanho de arquivos de origem humana na internet obedecem a essa lei de Weber-Fechner.
Isto significa, interpretam eles, que a quantidade total de informação não pode crescer mais rapidamente do que a nossa capacidade de digerir ou lidar com essas informações.
Helicópteros ganham aerodinâmica inspirada em baleias
Aerodinâmica
Engenheiros alemães foram buscar inspiração nas baleias para criar helicópteros mais rápidos e mais fáceis de manobrar.
Os helicópteros devem sua capacidade de decolar e pousar verticalmente ao seu rotor principal, mas isso também tem desvantagens aerodinâmicas.
O fluxo de ar sobre a lâmina do rotor que está se movendo para trás cria turbulência, perda relativa de sustentação e exerce grandes forças sobre o rotor como um todo.
Isto aumenta o arrasto aerodinâmico e submete todo o conjunto a uma carga maior do que o necessário - os passageiros também sentem tudo isso na forma de vibrações.
É para compensar essas deficiências aerodinâmicas que os engenheiros estão trabalhando na construção de um helicóptero-avião.
Barbatanas de baleia
Engenheiros da agência espacial alemã, a DLR, parecem ter finalmente encontrado uma solução para minimizar, ou mesmo eliminar, todos esses problemas.
A inspiração veio de saliências encontradas nas barbatanas das baleias-corcunda, conhecidas por suas capacidades acrobáticas.
"As pesquisas mostraram que essas saliências retardam significativamente a ocorrência da perda de velocidade (stalling) e aumenta a flutuabilidade," disse Holgei Mai, que está testando esse conceito nos helicópteros juntamente com seu colega Kai Richter.
Os fluxos na água são fenômenos similares aos fluxos no ar - os cientistas só tiveram que adaptar as dimensões das saliências.
As saliências artificiais - por enquanto construídas em borracha - são menores do que as das baleias, com um diâmetro de 6 milímetros e pesando apenas 0,04 grama cada uma.
Para helicópteros novos e usados
Depois de testar o conceito no túnel de vento, com excelentes resultados, os dois engenheiros tiveram autorização para instalar as "lâminas-barbatana" em um helicóptero Bo-105.
As quatro lâminas do rotor receberam um total de 186 saliências, agora já batizadas tecnicamente de LEVoGs (Leading-Edge Vortex Generators - geradores de vórtices na borda frontal, em tradução livre).
"Os pilotos perceberam imediatamente uma diferença no comportamento das lâminas do rotor," conta Richter.
Com um resultado tão promissor, sensível pelo piloto, a dupla agora está trabalhando na montagem de equipamentos especiais de medição para mensurar os efeitos obtidos com precisão.
Segundo eles, a grande vantagem da nova tecnologia é que ela poderá ser aplicada aos helicópteros já fabricados, mediante a instalação de saliências na forma de um revestimento.
Para os helicópteros novos, as bordas das lâminas de titânio poderão ser fresadas durante o processo de fabricação.
Espuma dura até você decidir que ela deve sumir
Utilidade das espumas
Se um sabão magnético não é suficiente, que tal um sabão cuja espuma pode durar meses, podendo ser "desligada" quando não for mais necessária?
Este é o resultado do trabalho de uma equipe de cientistas franceses, que já está chamando a atenção dos fabricantes de cosméticos e detergentes, mas poderá ter muitos outros usos industriais.
Devido à sua textura e às moléculas que as compõem, as espumas frequentemente têm propriedades detergentes.
Essas moléculas, conhecidas comotensoativos, se colocam entre a água e o ar, permitindo que filmes muito finos de água se estabilizem ao redor das bolhas de ar.
A variação das moléculas varia as propriedades da espuma, que pode ser usada desde em sabonetes e xampus até na mineração e no combate a incêndios.
Espuma permanente
O que os pesquisadores franceses fizeram foi estudar uma molécula específica - o ácido graxo 12-hidroxiesteárico, que é normalmente insolúvel. Mas a insolubilidade foi resolvida adicionando-se o "sal correto", segundo a equipe.
O resultado é uma espuma produzida em abundância, e que dura por até seis meses - os surfactantes atuais não conseguem sustentar espumas por mais do que algumas horas.
Segundo a equipe, entre 20 e 60° C, o ácido 12-hidroxiesteárico e o sal dispersam-se na água formando tubos com dimensões na faixa dos micrômetros.
Os tubos formam uma estrutura que não apenas é perfeitamente estável, como é rígida, formando filmes finos de água entre as bolhas de ar. É essa resistência do filme de microtubos que explica a durabilidade da espuma.
Espuma de ligar e desligar
Quando a espuma não for mais necessária, basta aumentar sua temperatura acima dos 60° C.
Isso faz com que os tubos fundam-se em estruturas esféricas chamadas micelas, milhares de vezes menores do que os tubos originais - ou seja, na faixa dos nanômetros.
As pequenas dimensões das micelas não são suficientes para manter a rigidez dos filmes finos, que colapsam, destruindo a espuma.
Quando a espuma for novamente necessária, basta baixar a temperatura e soprar ar sobre a solução, que os filmes finos se reestruturam e as bolhas voltam a se formar.
Espuma permanente
A temperatura de transição, a partir da qual a espuma é destruída, depende do sal usado na mistura com o ácido graxo, o que aumenta os usos potenciais da "espuma permanente", que pode ser adequada a cada aplicação.
Anne-Laure Fameau, que descobriu a fórmula da espuma, afirma que este é um exemplo de química verde, uma vez que a espuma é feita com uma molécula orgânica.
Hoje, detergentes e cosméticos dependem de vários ingredientes químicos, a maioria inorgânicos, para produzir uma espuma adequada.
A pesquisadora afirma que o material poderá ter muitos usos industriais, além de xampus que saem mais facilmente do cabelo, bastando para isso enxaguar com água de uma determinada temperatura.
Átomo gigante simula asteroides troianos de Júpiter
Modelo de Bohr
Físicos construíram um modelo preciso de uma parte do Sistema Solar no interior de um único átomo de potássio.
Eles fizeram com que um elétron orbitasse o núcleo do átomo exatamente da mesma forma que os asteroides troianos de Júpiter orbitam o Sol.
Os átomos são comumente representados como sistemas planetários, graças ao modelo criado por Niels Bohr em 1913.
Contudo, apesar de o modelo de Bohr ser bem ilustrativo, a mecânica quântica estabelece que o elétron pode ser encontrado em muitos lugares, o que transforma sua órbita em um espaço grande, difuso e incerto.
Na física quântica, o elétron é definido como uma onda, ou uma "nuvem de probabilidades". Simplesmente não faz sentido perguntar qual é a "posição real" de um elétron, porque ele está situado em todas as direções possíveis ao redor do núcleo ao mesmo tempo.
Átomo planetário
Mas, curiosamente, os cientistas da Áustria e dos Estados Unidos descobriram que, afinal de conta, os átomos têm algo em comum não apenas com os sistemas planetários, mas com o nosso Sistema Solar em particular.
Mais especificamente, eles descobriram que um tipo especial de átomo pode simular osasteroides troianos de Júpiter, asteroides que viajam à frente e atrás do planeta, em pontos de equilíbrio gravitacional conhecidos como pontos de Lagrange.
Da mesma forma que Júpiter estabiliza a órbita dos seus asteroides troianos, a órbita dos elétrons ao redor do núcleo atômico pode ser estabilizada usando um campo eletromagnético.
No experimento, a influência estabilizadora da gravidade de Júpiter foi substituída por um campo magnético precisamente ajustado. O campo oscila precisamente com a frequência correspondente ao período orbital do elétron ao redor do núcleo.
Isso estabelece um ritmo para o elétron, de forma que o elétron-onda é mantido em um ponto específico por um longo tempo.
Com isto, o elétron pode até mesmo ser empurrado para outra órbita - mais ou menos como se os asteroides troianos de Júpiter fossem subitamente forçados a orbitar Saturno.
Maior átomo do mundo
Para fazer isto, o grupo usou um raio laser para excitar o elétron mais externo do átomo de potássio para números quânticos - descritivos da "órbita" do elétron - entre 300 e 600, criando um assim chamado átomo de Rydberg.
Isto significa que eles construíram um átomo gigante, eventualmente o maior átomo do mundo - o elétron orbita o núcleo a uma distância tão grande que o átomo inteiro ficou do tamanho do pingo desta letra "i".
Os cientistas se entusiasmaram com o feito, e agora planejam preparar átomos com vários elétrons se movendo em órbitas planetárias ao mesmo tempo.
Isto permitirá que eles estudem como o mundo quântico dos objetos em escala atômica correspondem ao mundo clássico, como nós o percebemos com nossos sentidos.
"A zona de transição entre a mecânica quântica e a física clássica é a mais fascinante e menos compreendida fronteira da física," afirmou Joseph Eberly, membro da equipe.
Energia das ondas vira eletricidade em terra
Eletricidade ecológica
A empresa emergente Ecotricity, do Reino Unido, divulgou o projeto de um novo mecanismo para gerar eletricidade a partir das ondas do mar.
O Searaser foi projetado para minimizar a variação na produção de energia, algo típico das fontes renováveis, e o custo na fabricação do gerador.
"Ele tem um projeto simples e nós acreditamos que ele irá produzir eletricidade mais barata do que qualquer outra tecnologia alimentada pelas ondas, ou mesmo mais barata do que qualquer outra energia renovável," prevê Alvin Smith, idealizador do aparelho.
Como a água salgada é altamente corrosiva, fabricar geradores elétricos para funcionar submersos no mar sai muito caro.
Além disso, água e eletricidade não se dão bem, o que exige um aparato de isolamento que encarece a estrutura e a operação.
Ao projetar um equipamento de pequeno porte, para ser instalado próximo à costa, em águas rasas, os projetistas esperam reduzir custos de material e de manutenção.
Além disso, o Searaser não gera eletricidade na água.
Ele simplesmente usa o movimento das ondas para bombear água do mar para uma turbina em terra.
Este conceito já havia sido explorado pela chamada hidroelétrica marinha, mas o projeto do Searaser é mais simples e voltado para instalações menores.
Energia das ondas do mar
O principal elemento do gerador é um pistão, colocado entre duas boias. Uma delas flutua ao sabor das ondas, enquanto a outra fica ancorada no fundo do oceano.
Conforme as ondas passam, as boias movem-se para cima e para baixo, movimentando o pistão, que envia água sob pressão para uma instalação em terra.
Na usina, o fluxo de água movimenta uma turbina, responsável pela geração da eletricidade.
O primeiro protótipo, que deverá entrar em testes em 2014, terá 1 metro de diâmetro e 12 metros de altura.
O principal limitador da tecnologia é que ela é adequada apenas para locais rasos, próximos à costa, o que a coloca em competição com áreas de lazer e pesca e sujeita a entraves de natureza ambiental.
Veículo voador é impresso para observar eventos catastróficos
Eventos-surpresa
Os balões são usados pela meteorologia, e até para observar o espaço, há décadas.
Mas monitorar o meio ambiente exige estar sempre pronto para as intempéries repentinas, como um vulcão que entra em erupção, um tufão que se aproxima ou uma nuvem tóxica que emerge de uma usina nuclear acidentada.
Para reagir a esses eventos-surpresa, cientistas da Universidade de Southampton, no Reino Unido, decidiram desenvolver uma plataforma de observação que possa ser lançada para fazer observações na alta atmosfera em uma questão de horas.
A plataforma foi batizada de ASTRA -Atmospheric Science Through Robotic Aircraft, ciência atmosférica por meio de aeronave robótica, em tradução livre.
Veículo impresso
Mas se fabricar uma aeronave robotizada, capaz de atingir altitudes elevadas, quase no limite da atmosfera, já parece uma missão difícil, fazer isto em questão de horas pode parecer impossível.
Mas não para a técnica que já está sendo chamada de "A Quarta Revolução Industrial" - mais especificamente, a impressão 3D.
Nascida como uma forma para criar protótipos rapidamente, a fabricação aditiva já permitiu a fabricação desde aviões e carros até ossos e vasos sanguíneos artificiais.

O "veículo voador" idealizado para observar até a estratosfera, chamado Atom, mais se parece com um logotipo institucional.
Ele foi inteiramente "impresso" em plástico, camada por camada, usando o .NET Gadgeteer.
Veículo voador
A aeronave propriamente dita está no interior do "logotipo", protegida por duas "órbitas" de espuma, destinadas a se quebrar durante a aterragem, absorvendo a energia do impacto.
"A prototipagem rápida de plataformas como o Atom permite que os cientistas enviem uma grande variedade de instrumentos para a estratosfera depois de um curto ciclo de projeto e fabricação," diz o professor András Sóbester, um dos desenvolvedores do estranho "veículo voador", como a equipe chama o Atom.
Depois de "impresso", tudo o que é necessário fazer é colocar o "veículo voador" no balão e monitorar os resultados das medições dos instrumentos que ele levar a bordo.
Tinta inteligente monitora rachaduras em prédios e pontes
Tinta que detecta rachaduras
Acidentes como o que aconteceu recentemente no Rio de Janeiro, com a queda repentina de três prédios, poderiam ser evitadas com um monitoramento adequado.
Para isso vêm sendo desenvolvidossensores e redes de sensores, capazes de avisar o surgimento da menor fissura na estrutura de qualquer construção, sejam edifícios, pontes ou mesmo ruas e estradas.
Mas o professor Mohamed Saafi, da Universidade de Glasgow, na Escócia, inventou agora uma solução ainda melhor e mais barata: uma tinta capaz de detectar rachaduras.
Segundo ele, sua tinta pode detectar fissuras microscópicas, o que permite que ela seja usada, além de nos edifícios e nas pontes, em turbinas de vento, grandes estruturas metálicas e no interior de minas, para prever riscos de desabamento.
"Não há limites para onde ela possa ser usada, porque seu baixo custo lhe dá uma vantagem significativa em relação as opções atuais," diz o pesquisador.
Tinta inteligente
A tinta é fabricada a partir de um subproduto da queima do carvão, conhecido como cinza volante, que é acrescida com nanotubos de carbonoperfeitamente alinhados.
Uma vez aplicada, ela substitui os sensores eletrônicos na detecção das microfissuras, com a grande vantagem de que a aplicação da tinta equivale a instalar sensores sobre toda a estrutura.
A menor rachadura na estrutura de nanotubos que se forma depois que a tinta seca altera a condutância do material, o que pode ser lido por meio de eletrodos simples - que podem ser dispostos em vários pontos ao longo da estrutura.
"A tecnologia atual é limitada porque monitora áreas específicas de uma estrutura a cada momento. Já a nossa 'tinta inteligente' cobre toda a estrutura, o que é particularmente útil para maximizar a prevenção de danos graves," diz o pesquisador.
Rede de alerta
Mas a emissão dos sinais de alerta continua exigindo uma rede de comunicação sem fios, com a vantagem de que seu baixíssimo consumo de energia pode ser suprido pornanogeradores ou por outro sistema de colheita de energia, dispensando as baterias.
O protótipo foi testado no monitoramento das pás e da base de concreto de uma turbina de vento.
Saafi calcula que sua tinta inteligente custe apenas 1% dos sensores exigidos pelas redes de monitoramento atuais.